quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Júlia constata vários problemas em escolas municipais

Vereadora visitou instituições da Redinha e observou problemas estruturais e de pessoal.


Servidores temporários com cerca de quatro mese
s de salários atrasados e estrutura com condições mínimas para o aprendizado dos estudantes. Estas foram algumas das constatações que a vereadora Júlia Arruda (PSB) teve na manhã desta quarta-feira (17) ao visitar as escolas municipais Noilde Pessoa Ramalho e Nossa Senhora dos Navegantes, no bairro da Redinha, zona Norte de Natal.

Os atrasos de pagamentos atingem merendeiras, vigilantes e coordenadores do Programa Mais Educação de várias escolas municipais. Em alguns casos, os servidores não receberam um pagamento sequer, como é o caso da merendeira, Maria Ivanara Monteiro, que foi contratada no dia 16 de maio.


A situação é insustentável. Vários contratados temporários estão faltando por não terem sequer como se deslocarem para o trabalho, admitem alguns funcionários. Uma reunião amanhã, no Cemure (Centro Municipal de Referência em Educação Aluízio Alves), após um Encontro de Coordenadores do Programa Mais Educação, pode definir a paralisação, adianta uma das contratadas.

A revolta maior é porque já tiveram diversas reuniões com o secretário municipal de Educação, Walter Fonseca, que apenas promete efetuar os pagamentos em prazos que nunca são cumpridos. Diante da falta de credibilidade no agendamento de mais audiências com o gestor, o caminho sinalizado é a paralisação.

Mas se por um lado a vereadora encontrou uma estrutura física boa na Escola Noilde Ramalho, inaugurada recentemente, mais precisamente no d
ia 25 de maio passado, a situação na vizinha escola Nossa Senhora dos Navegantes era o oposto.

O “olhar da prefeitura” para esta instituição é totalmente diferente da dispensada à escola modelo que aparece na propaganda do poder executivo, alerta Júlia Arruda. A estrutura antiga padece com instalações elétricas e hidráulicas precárias. O descaso começa a partir da faixada – permanece a mesma desde a gestão passada – e o muro ameaça cair, alertam funcionários.

As salas também não possuem ventilação adequ
ada e apesar da existência de dois terrenos vizinhos poderem ser usados para a transformação de áreas de lazer e esporte, não existe qualquer projeto com estas finalidades na SME, dizem funcionários.

Diferente da escola modelo da propaganda municipal, os alunos desta escola não receberam fardamento e os produtos do “Merenda Em Casa” não chegam desde junho passado. Os problemas vão além: na falta de espaço, as salas são us
adas para o aprendizado e como refeitório.

Os profissionais também não têm espaços físicos determinados para a secretaria, coordenação. Sem contar que o telefone está com a linha cortada e computadores novos se amontoam em um depósito à espera da montagem da sala de informática, que já teria até profissional disponível para lecionar os estudantes.

“É lamentável vermos que a prefe

itura diz priorizar a educação e pessoas e vermos isso. É feita a maquiagem em uma instituição, que é exibida à opinião pública, mas a maioria não tem cuidados mínimos. Tem coisas que são fáceis de solucionar. Basta os gestores irem ao local e verem de perto os problemas”, criticou a parlamentar, que deve agendar audiência com o secretário de Educação nos próximos dias, além de fazer requerimentos para as muitas demandas reivindicadas.


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