quinta-feira, 19 de novembro de 2009

RESUMO INFORMATIVO REFINARIA CLARA CAMARÃO.

1 - REFINARIA

A unidade entrará em operação no Estado a partir do segundo semestre de 2010. Terá uma nova planta para a produção de gasolina e melhoria da qualidade dos demais derivados, passando a ser um ativo ligado às áreas de refino e abastecimento.

A fábrica de gasolina automotiva será agregada às plantas industriais que já existem em Guamaré, produzindo o óleo Diesel, querosene de aviação (QAV), gás natural, gás de cozinha (GLP) e biodiesel.

Mesmo sendo de menor porte do que a de Pernambuco, ela já nasce maior do que outras três refinarias já existentes, como a de Manaus, a de Capuava em SP e a do Ipiranga. Ou seja, será a 12ª refinaria do país em capacidade de produção, mas a 8ª maior do país.

A refinaria potiguar Clara Camarão processa atualmente petróleo produzido nos campos de terra e mar do RN. Também poderá processar petróleo do pré-sal.

Após as obras, a refinaria contará com um novo quadro de bóias com capacidade para atracar navios de 50 mil toneladas.

1.2 - CAPACIDADE DE PRODUÇÃO DA REFINARIA


Produção de Petróleo: 30 mil barris por dia no Pólo de Guamaré.

O RN terá uma refinaria moderna, que produzirá mensalmente após a sua conclusão:

® 21 mil m³ de gasolina;

® 45 mil m³ de diesel;

® 7.500 m³ de QAV;

® 11.700 m³ de GLP; e

® 3 mil m³ de nafta petroquímica.

1.3 - INVESTIMENTOS:

Desde a sua implantação no Pólo Industrial de Guamaré, a refinaria recebeu investimentos da ordem de US$ 1,65 bilhão.

O investimento na ampliação das instalações será de US$ 215 milhões, totalizando US$ 1,86 bilhão.

1.4 - INFORMAÇÕES ADICIONAIS:

a) RACIONALIZAÇÃO LOGÍSTICA - No que tange ao mercado local, esse projeto virá desatar um nó de ordem logística no suprimento de gasolina e diesel aos mercados dos estados do RN e Paraíba. Haverá redução significativa no tráfego rodoviário e, principalmente, proporcionará a plena operação da Base de Distribuição da BR - Distribuidora localizada em Guamaré. Junto com a refinaria potiguar haverá investimentos na implantação de terminais de entrada e saída marítima de produtos na região de Guamaré, inclusive com a necessidade de construção de um duto com cerca de 15 quilômetros que vai melhorar a logística e escoar a produção da usina. Outro ponto positivo, com a chegada da refinaria, será a retirada dos tanques da Base de Distribuição da Petrobras, no bairro de Santos Reis. Após isso, o governo do Estado pretende iniciar, juntamente com a Prefeitura de Natal, um projeto arrojado de revitalização nos bairros de Rocas, Santos Reis e Praia do Meio.

b) QUALIDADE DO DIESEL E MEIO AMBIENTE – A ampliação da capacidade de refino em Guamaré será vital à produção de óleo diesel com qualidade compatível às novas especificações exigidas pela ANP (benefício ambiental). Vai produzir óleo diesel cerca de 36 vezes menos poluente do que hoje é consumido no Brasil.

c) ARRECADAÇÃO TRIBUTÁRIA ESTADUAL - O Estado do RN terá um sensível aumento da arrecadação de tributo estadual que será suscitado com a produção local de gasolina (ao invés da atual importação) e principalmente da atração de inúmeros novos empreendimentos relativos a fornecedores, prestadores de serviços – bem como empreendimentos da área química e petroquímica decorrentes da refinaria (a serem estudados e viabilizados a partir dela).

d) GERAÇÃO DE EMPREGOS – É esperada uma geração de empregos que exigirá formação técnica e qualificação profissional de médio e alto nível – o que significa não apenas mais emprego, mas EMPREGO BOM (qualificado e seguro). Esperam-se, já na primeira fase do empreendimento (até 2010), a criação de 700 empregos só na planta (operação direta) e mais pelo menos 5000 empregos indiretos nas indústrias satélites, bases, terminal e transporte.

e) FUTURO GARANTIDO – Por outro lado, a margem de refino (hoje em torno de 15 dólares por barril) observada hoje no cenário mundial, aliada às novas descobertas de petróleo no país (CONJUNTURA FAVORÁVEL) indicam que o processo de expansão ora iniciado deverá ter continuidade ao longo dos próximos 5 anos, com vistas à CONSOLIDAÇÃO desta unidade de refino no cenário nacional.

f) NOVOS PROJETOS PARA AGREGAR À REFINARIA – Numa segunda fase deste processo, a meta da atual administração será viabilizar, juntamente com a Petrobras, o aumento da complexidade dos processos de Guamaré. Para isso, pretende-se implantar na refinaria uma unidade de craqueamento catalítico para processar o resíduo atmosférico produzido pelas plantas de diesel e QAV e produzir derivados nobres. Desta forma, não seria mais necessário adicioná-lo ao petróleo que é expedido para outras refinarias e tampouco o recebimento de naftas externas com conseqüente redução do passeio logístico. Além da gasolina, na unidade de craqueamento seria obtido propeno, matéria-prima à produção do polipropileno que, indubitavelmente, junto com a nafta e a corrente de pentano gerado pelas UPGNs, estimulariam a criação do pólo petroquímico de Guamaré. Ainda nesta segunda fase, os planos serão direcionados à ampliação da capacidade de produção. Espera-se que a refinaria torne o Estado auto-suficiente no refino do petróleo explorado aqui, com uma produção média de 120 mil barris por dia, até 2012.

Já para a terceira fase, com as cadeias produtivas decorrentes do processo de refino, espera-se incrementar o potencial petroquímico, com um Pólo Gliceroquímico, onde haverá o aproveitamento da glicerina gerada a partir da produção do biodiesel nas plantas produtoras da Região Nordeste.

g) PROGEÇÃO DA PETROBRAS: A refinaria Potiguar Clara Camarão é uma das cinco unidades de refino projetadas pela Petrobras para elevar sua capacidade de refino em 1,2 milhão de barris/dia até 2015. Atualmente, a capacidade de refino da Petrobras no Brasil é de 1,9 milhão de barris/dia, volume superior à demanda nacional de derivados, atualmente em torno de 1,8 milhão de barris/dia. Com isso, a Petrobras terá capacidade excedente de derivados, principalmente óleo diesel de alta qualidade, para exportação.

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