segunda-feira, 6 de abril de 2009

Câmara debate principais problemas da saúde natalense

A temática da saúde voltou ao plenário da Câmara Municipal nesta segunda-feira (6), reunindo representantes das esferas municipal, estadual e federal do Conselho de Saúde, vereadores e gestores. A audiência trouxe à tona os principais pontos problemáticos da saúde, como a contratação das cooperativas médicas, a dependência do SUS com o setor privado, a remuneração dos profissionais e a falta de planejamento para a área.Tornar o legislativo municipal um fórum permanente de discussão das questões da saúde é o intuito do vereador Franklin Capistrano (PSB), autor da proposta da audiência. “Pretendemos realizar pelo menos uma audiência por mês. Hoje, escutamos vários segmentos do setor para que a comissão de saúde se posicione e envie aos gestores um resultado propositivo”, disse o presidente da comissão de saúde.O assunto dos contratos com as cooperativas médicas foi levantado pelo presidente do Conselho Nacional de Saúde, Francisco Batista Júnior. Para ele, os contratos são ilegais e resultaram no esgotamento do Sistema Único de Saúde (SUS). “Há 12 anos dizemos que os contratos com as cooperativas médicas são ilegais e inviabilizam o SUS. Hoje, quem precisa de um procedimento especializado fica refém das cooperativas e do setor privado”, relatou Francisco Batista, enfatizando que os contratos não devem ser renovados.Falando sobre a remuneração da categoria médica, o presidente do Conselho Nacional de Saúde opinou que eles são bem pagos, ao contrário do que se propala. “Cada profissional chega a ganhar 800 reais por plantão”, exemplificou.Durante o debate, o vereador Albert Dickson (PP) questionou quais seriam efetivamente as saídas para a crise. As principais ideias surgidas foram o fortalecimento dos hospitais regionais, para que os pacientes não sejam enviados para a capital desnecessariamente, o uso pleno da capacidade do Hospital Universitário Onofre Lopes, a devida utilização do centro cirúrgico do Hospital Walfredo Gurgel, a estruturação do atendimento especializado e um planejamento por parte do Poder Executivo. “A crise nos remete à falta de planejamento, que é essencial para resolver essa crise crônica”, defendeu Áurea Emília da Silva, componente do Conselho Municipal de Saúde.A série de debates realizados pela Câmara é visto como um grande avanço pelo presidente do Conselho Estadual de Saúde, Francisco Canindé. “A Câmara tem dado a devida prioridade à questão da saúde, essencial para o enfrentamento dos problemas”, opinou.As possíveis resoluções para o problema da saúde municipal foram debatidas também pelo presidente da Liga Norte-riograndense Contra o Câncer, Aluísio Bezerra, e pelos parlamentares George Câmara (PC do B), Ney Lopes Jr., Hermano Morais (PMDB) e Edivan Martins (PV).
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