O procurador da República Rodrigo de Grandis, que atua na Operação Satiagraha, deflagrada no ano passado, afirma que, a cada nova investigação, é perceptível o aumento do número de telefones ou HDs (memória de computador) criptografados, o que torna praticamente impossível o trabalho de rastreamento das conversas mantidas entre investigados.
A criptografia é um sistema que bloqueia escutas telefônicas e telemáticas (e-mail, por exemplo). Para os equipamentos mais sofisticados, ainda não foi descoberta uma "chave mestra" que permita acessar o programa, tornando a comunicação violável.
"O uso é muito típico em crimes de colarinho-branco: diante da possibilidade de serem descobertos, os investigados, que possuem elevado poder econômico, se valem de todos os expedientes para garantir impunidade", afirma.
O procurador não vê ilegalidade na venda de criptografia. "O que me parece equivocado é ela constituir um obstáculo absolutamente intransponível à investigação", diz.
Folha de S.Paulo
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