segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

O Camarão no Rio Grande do Norte





















































































































































































ANTECEDENTES DA ATIVIDADE NO ESTADO
O Projeto Camarão, criado em 1973, pelo então Governador Cortez Pereira, visava comprovar a viabilidade técnica e econômica do cultivo de camarões marinhos no Estado do Rio Grande do Norte com o objetivo de resolver o problema do desemprego nas salinas através do incentivo ao pequeno e médio produtor. O local escolhido como ponto de partida para as pesquisas – denominado "Núcleo Potengi" – situava-se na margem esquerda do rio de mesmo nome.
Inicialmente, a implantação desse projeto contou com o apoio do Banco de Desenvolvimento do Rio Grande do Norte – BDRN e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, permanecendo nesse tempo vinculado à Secretaria da Agricultura. No início da década de 1980, com a criação da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte S/A – EMPARN, os trabalhos de pesquisa desenvolvidos pelo Governo do Estado foram transferidos para esta instituição, da mesma forma que a infra-estrutura física e o pessoal do Projeto Camarão.
Durante esse período, as espécies nativas (Penaeus brasiliensis e Penaeus schmitti) foram alvo das pesquisas. Estudaram-se também algumas espécies exóticas, com destaque para a P. monodon, a P. japonicus, a P.vannamei e a P. stylirostris, oriundas da Ásia, Oriente e América Central. Porém, até o final da década de 1980, não se havia ainda definido a espécie ideal para alavancar a carcinicultura no Estado.
O fracasso das pesquisas nas áreas de reprodução, produtividade e resistência a doenças revelou a necessidade de se adotar e introduzir no Brasil uma espécie com pacote tecnológico pronto. Assim sendo, com o auxílio da iniciativa privada, foi introduzida no país, no início da década de 1990, a espécie P. vannamei, cultivada com grande sucesso no Equador, e cuja notável adaptabilidade às mais variadas condições de cultivo muito contribuiu para viabilização do processo produtivo. Por ser uma atividade que demanda capital e tecnologia, a carcinicultura encontrou obstáculos para ser adotada pelos pequenos produtores. O Projeto passou por fases de dificuldades internas quanto a recursos financeiros, pessoal e resultados positivos, sobretudo na produção de pós-larvas. Superados esses empecilhos, consolidou-se e sua melhor contribuição para a sociedade pode ser traduzida nas explorações conduzidas em projetos privados, de múltiplo porte, que estão distribuídas no litoral do Estado e em outras unidades da federação. A região Nordeste e, em particular, o Estado do Rio Grande do Norte, oferecem condições excepcionais para o crescimento sustentado da criação e produção de camarões. Disponibilidade de área adequada, temperatura ambiente, água de boa qualidade, mão-de-obra e localização geográfica estratégica em relação aos mercados externos, são os principais fatores positivos. A figura 1.2 destaca na cor verde, a localização dos principais estuários onde se cultiva camarão marinho no Estado.

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