quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Dois PMs presos por tortura


Dupla é acusada de atirar nos pés de suspeitos e agredí-los com cacetetes e pistolas de imobilização.

Acusados de tortura, os policiais militares Wendel Fagner Cortez de Almeida e Marcelo Galdino Galvão, ambos da 1ª Companhia de Polícia do 4º Batalhão da Zona Norte de Natal, foram presos ontem pela manhã. O mandado de prisão, solicitado pelo promotor de Direitos Humanos Eudo Rodrigues Leite, no dia 15 de outubro, foi concedido pelo juiz da 11ª Vara Criminal de Natal, Jarbas Bezerra na última segunda-feira, 19

A prisão foi efetuada pelo major Lenildo, comandante da Companhia, enquanto os dois PMs trabalhavam na Zona Norte. "Estava de posse desse mandado e cumprimos na hora em que os dois estavam de serviço. Eles não ofereceram resistência e foram levados para o Itep para fazer exame de corpo delito antes de serem detidos no Quartel da PM, onde ficarão à disposiçao da justiça", explicou o major.

O promotor Eudo Rodrigues Leite informou que pediu a prisão por denúncia de populares acusando os dois PMs de tortura. "Numa ação recente no Rio Doce, na Zona Norte,eles abordaram quatro usuários de drogas e com o intuito de conseguir informações utilizaram-se de práticas de tortura. Os homens levaram tiros nos pés, nas mãos e nas pernas e ainda foram torturados com choques de pistolas taser e pancadas de cacetetes", explicou o promotor, salientando que Wendel já tinha sido envolvido em outras ações com torturas.

Na opinião do coordenador estadual de Direitos Humanos e Defesa das Minorias, Marcos Dionísio, é "inconcebível" que em pleno século 21 a população, que deveria ser protegida, esteja sendo alvo dos policiais. "Casos de tortura ou má atuação de policiais militares devem passar por uma criteriosa apuração e os envolvidos devem ser exemplarmente punidos. É inaceitável que a população que mora nas periferia seja vítima da ação de policiais despreparados", opina.

Dn Online.

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